Ciro tacha de "fascista" proposta de imposto feita por homem forte de Bolsonaro e critica inexperiência de Haddad
No Estadão
O candidato do PDT à Presidência nas eleições 2018, Ciro Gomes, saiu do autoproclamado tom more presidential, que caracterizava a campanha dele até agora, para criticar adversários e institutos de pesquisa. Até mesmo polêmicas que tratam as propostas de Jair Bolsonaro (PSL) como nazifascistas voltaram a rondar o discurso do pedetista.
Em evento em São Paulo, no qual recebeu o apoio de quatro centrais sindicais à sua campanha, Ciro voltou ao alvo favorito dele nos últimos dias: o concorrente do PT, Fernando Haddad. O pedetista disse que Haddad é uma boa pessoa, mas que não tem experiência para comandar o País.
"O camarada que perdeu no primeiro turno em São Paulo para o farsante do João Doria (PSDB), perdeu para os brancos e nulos, vai conseguir proteger o Brasil do nazismo, do fascismo, do extremismo? Eu acho que não", afirmou.
Mesmo sem relacionar diretamente Bolsonaro aos movimentos de extrema-direita, como havia feito em 29 de agosto em ato com reitores de universidades federais em Brasília, Ciro disse que a proposta de unificação da tributação do Imposto de Renda em 20%, desejada por Paulo Guedes, assessor econômico de Bolsonaro, é fascista.
"Todo mundo sério cobra imposto de forma progressiva. Cobra menos de quem ganha menos e mais de quem ganha mais. O que o 'posto Ipiranga' do Bolsonaro está propondo é o inverso. É a cara do fascismo, é exatamente isto. Toda perseguição aos mais pobres, de preferência mulheres, negros, índios e LGBTs e todos os privilégios aos de cima", disse.
Ciro também minimizou os números da mais recente pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, na qual ele manteve 11%, Haddad subiu de 8% para 19% e Bolsonaro foi de 26% para 28%.
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