55 nomes ligados à PF ou à Lava Jato disputam as eleições
Um quebrou os equipamentos de som da vigília Lula Livre, em Curitiba (PR). Outro coordena a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência. Uma terceira conduziu o ex-deputado Jorge Picciani (MDB-RJ) à prisão. O que eles têm em comum? Estão entre os 55 policiais federais candidatos nestas eleições.
O PSL foi o principal escolhido pelos policiais —14, ou 25%, decidiram concorrer pela legenda. Entre os mais conhecidos, estão os deputados federais Eduardo Bolsonaro, filho do presidenciável, e Fernando Francischini, coordenador da campanha de Bolsonaro.
O primeiro, escrivão, tenta a reeleição na Câmara. O segundo, delegado, disputa uma vaga na Assembleia do Paraná.
Cinco policiais federais optaram pelo PPS e três pelo PSD e pelo PPL. Os 30 restantes dividiram-se entre 19 partidos.
O grande número de policiais candidatos, impulsionados pelas associações da categoria, é novidade pós Operação Lava Jato.
Entre os 55 candidatos, a reportagem identificou apenas dez que já haviam concorrido antes de 2014, ano em que foi deflagrada a primeira fase ostensiva da operação.
Os estados que são palco da Lava Jato, por sua vez, também estão entre os que concentram as candidaturas. A lista é encabeçada pelo Rio de Janeiro, com oito candidatos, seguido pelo Distrito Federal e pelo Paraná, com cinco cada um. (…)
Por Ana Luiza Albuquerque, na Folha.