Absurda, de fato, é esta ópera-bufa, feita de atalhos legais. E, para piorar, há quem defenda erros novos para tentar corrigir os antigos
É claro que, a esta altura da crônica de absurdos, certos atores da vida pública, especialmente do Judiciário e do Ministério Público, deveriam estar se perguntando: "Quantas e quais foram as besteiras que fizemos, e com que intensidade!, para que o processo político acabasse refém das articulações de um presidiário que, não custa notar, está se movendo dentro do que lhe permitem os marcos legais?" O PT agora recorre à Justiça Eleitoral, não mais à Vara de Execuções Penais, para que o ex-presidente participe de debates enquanto sua inelegibilidade não é declarada. Absurdo? Bem, absurda é toda a ópera bufa, não é?, constituída de atalhos legais. E, o que é pior, há quem esteja à procura de novos para tentar corrigir os desastres decorrentes dos anteriores.