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Reinaldo Azevedo

“Acordo” é só peça publicitária que interessa à propaganda pessoal dos dois governantes. Nem se tocou na expressão “direitos humanos”

Reinaldo Azevedo

13/06/2018 07h05

A dinastia de ditadores comunistas: Kim Jon-un discursa. À sua esquerda, imagem do pai: Kim Jong-il; à direita, a do avô: Kim Il-sung. Todos eles são tiranos sanguinários.

A verdade é que o encontro entre Donald Trump e Kim Jong-un é só um monumento à propagada e ao marketing pessoal de ambos. O presidente americano aparece como aquele do feito inédito: teria conseguido empreender negociações com a mais antiga e mais feroz ditadura comunista de que o mundo teve notícia. Fará o diabo para cozinhar o nada até 2020, na campanha para a reeleição. Quanto ao tirano tarado da Coreia do Norte, dizer o quê? Hoje, ele é um pária internacional. Trata-se do país mais isolado do mundo. É preciso que fique claro que estamos falando de um regime que estimula a deificação de líderes que formaram uma dinastia: Kim Il-sung, Kim Jong-il e Kim Jong-un. Do avô para o neto. Impressionante. Não! O dito acordo não cita nem remotamente a questão dos direitos humanos. Nem Trump nem o tarado norte-coreano se importam com isso.
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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.