Ainda há esperança: manifesto contra o racismo
Santo Deus! Ainda existe alguma esperança. Um grupo foi ao Congresso levar um manifesto assinado por 114 intelectuais, ativistas e artistas, muitos deles negros, contra a política de cotas raciais e o Estatuto da Igualdade Racial. Foram recebidos pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo. Os signatários perceberam o óbvio: o estatuto, na forma em que está, e cotas oficializam o racismo no país. O senador petista Paulo Paim (RS), autor do projeto do estatuto, acusa os signatários de "laranjas" de "setores conservadores da sociedade". Eis o petismo: só tem legitimidade quem reza pela cartilha do partido. O que causa espécie e que os partidos de oposição praticamente ignorem esse debate e sejam reféns do PT. Eles têm medo justamente dessa acusação de Paim: "conservadores". Esse é um daqueles casos flagrantes em que a maioria silenciosa não tem como expressar o que pensa. Entre os signatórios estão Luiz Werneck Vianna, Wanderley Guilherme dos Santos, Caetano Veloso, Ferreira Gullar, Eunice Durhan, Maria Hermínia Tavares de Almeida e Oliveiros Ferreira.
