Alckmin já bate de frente com o paredão da estupidez no PSDB
Esses tucanos!
Santo Deus! Em que perdição se meteu esse partido.
A voragem que colheu o senador Aécio Neves (MG) deixou o partido acéfalo. E acéfalo continua. Ainda não houve tempo de o governador Geraldo Alckmin (SP) tomar pé da situação.
De saída, uma coisa está clara. Parece que ele não conseguirá levar toda a bancada a votar em favor de uma reforma que, sabem todos os especialistas, já é amplamente insuficiente para dar conta do recado.
De uma bancada de 46 deputados, ao menos 12 se dizem contrários ao texto. Insisto: não é que eles considerem a proposta insuficiente. Os bacanas simplesmente não querem mexer com o assunto com medo das urnas. Segundo levantamento do Estadão, apenas 7 se dizem favoráveis à PEC; 16 não quiseram responder, e 11 se declaram indecisos.
Ah, que divertido!
Vejo entre os opositores da reforma dois mimos do cabeça-pretismo tucano: Daniel Coelho (PE) e Pedro Cunha Lima (PB). Esses eram os tais "jovens" que pregavam com ênfase o desembarque dos tucanos do governo Temer. Quem os visse falar há coisa de dois meses poderia pensar: "Vejam aí como o PSDB está se renovando, não é?"
Ah, sim, a deputada Shéridan (RR), alçada a uma das vice-presidências do partido, também com a cabeleira mais negra do que as asas da graúna, vota contra o texto.
Caiu a máscara "jovem" dessa gente. E fica evidente que seu problema com o governo Temer era um só: afastar-se da reforma. Em vez de se dedicarem ao trabalho de convencimento do eleitorado e da população, preferem acovardar-se. Mas, até outro dia, eram candidatos a líderes morais.
Pedro Cunha Lima é o filho do pai, o senador Cássio, membro do grão-tucanato, mas, como se vê, adversário de uma mudança que deixou há muito de ser uma questão de gosto. Bem, eu sabia que ele não é tão jovem assim. Seu pai é político, seu avô era político. Ele tem a idade da Paraíba.
Sei lá se essa gente toda vai ou não se reeleger em suas respectivas paróquias. Uma coisa é certa, com essa turma, o tucanismo não chega a lugar nenhum.
