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Reinaldo Azevedo

Alckmin, os impostos e a Petrobras

Reinaldo Azevedo

23/02/2017 22h13

O tucano Geraldo Alckmin, em visita a Portugal, falou que, se eleito, pretende reestruturar o governo, diminuir gastos correntes e cortar impostos. Ok, até aí, tudo bem. Duvido que Lula não vá se dizer também favorável a cada uma dessas coisas. Isso não divide ninguém nem move escolhas. Os que têm um perfil, digamos, mais liberal no Brasil já estão com o ex-governador. Atenção! É preciso falar para aquele terço móvel, que decide. Já a crítica à política externa, tendo como objeto a tungada que Evo Morales deu na Petrobras, tem apelo, sim. Evidentemente, não dá para ficar debatendo detalhes de relações internacionais no horário eleitoral. Mas é perfeitamente demonstrável que aquele índio de araque roubou uma empresa brasileira, com o apoio do ditador venezuelano, e que Lula ficou chupando o dedo. Mais ainda: considerando que José Dirceu esteve com autoridades bolivianas dias antes, enganados, mesmo, foram só os brasileiros. Mais ainda: logo depois, Lula deu seu apoio à entrada da Venezuela na vaga rotativa do Conselho de Segurança da ONU. Mais ainda: chamou, em seguida, Morales de "meu querido". A Petrobras é um patrimônio dos brasileiros — que deveria ser passado nos cobres, é claro —, e Lula é seu gestor principal. Sob o seu governo, o país dançou O Vira dos Mamonas Assassinas. Viram só? Abaixo, Voltaire. Acima, despenquei… É o efeito Lula.

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.