BOLSONARO CONTRA OS MILITARES 1: Na política externa, presidente eleito ignora boa herança: Maduro e Díaz-Canel: desconvidados
Jair Bolsonaro, presidente eleito, é um nostálgico da ditadura militar — em tese ao menos. Em muitos aspectos, ele é o primeiro a jogar no lixo o que existe de herança no regime militar. E a política externa é uma dessas áreas. Ah, sim, vou explicar, claro!
O Itamaraty desconvidou para a cerimônia de posse os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel. Deve ser procedimento inédito na diplomacia nativa e, creio, evento raro no mundo. O procedimento foi adotado a pedido do próprio Bolsonaro. Antes mesmo que a decisão fosse tornada pública pelo Ministério das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, futuro chanceler, recorreu ao Twitter para anunciar:
"Em respeito ao povo venezuelano, não convidamos Nicolás Maduro para a posse do PR Bolsonaro. Não há lugar para Maduro numa celebração da democracia e do triunfo da vontade popular brasileira. Todos os países do mundo devem deixar de apoiá-lo e unir-se para libertar a Venezuela."
A decisão, claro!, excita os bolsonaristas e, aponta para o que seria uma mudança de rumos na política externa brasileira. Mas, por óbvio, além da grosseria, não quer dizer nada.
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