Cármen Lúcia profere um voto condoreiro com críticas aos abusos da condução coercitiva, mas vota a favor. Seu voto já pertence à galera
E, como nota final sobre a votação havida no Supremo, vai uma delicadeza para Cármen Lúcia, a pior presidente da história do STF. Dificilmente alguém vai conseguir superá-la. Seu voto era a expressão acabada destes tempos sombrios. A ministra falou com dureza contra o espetáculo das conduções coercitivas; defendeu a dignidade que tem toda pessoa, ainda que temporariamente sob a guarda do Estado; criticou com veemência os abusos etc. E votou a favor da condução coercitiva e contra a Constituição. Ocorre que há muito seu voto já não lhe pertence. Seu voto é o voto da galera. Cármen desistiu de ser justa. Agora, ela só quer ser amada. Sim, esse "malaise", esse mal-estar, vai passar. Mas dará trabalho. E não vou abrir mão, nunca!, de acusar as práticas nefastas desses "hooligans" do jogo institucional. Se querem brincar de mocinho e bandido, renunciem à toga e mudem de profissão.