Ciro volta a mirar a esquerda para ver se rompe isolamento; terá de capturar parte do eleitorado do PT e de conquistas votos dos sem-votos...
Nesta quinta, durante encontro com dirigentes sindicais, ele fez um aceno à esquerda, e a personagem do discurso foi justamente Lula: "O Brasil nunca será um país em paz enquanto o companheiro Luiz Inácio Lula da Silva não restaurar a sua liberdade. Eu luto por isso". Admitiu ainda que comete erros: "Eu não sou o dono da verdade, não sou poupado do erro, eu cometo erros. Eu cometo erros e não me custa nada reconhecer erros. Mas nenhum deles foi por deserção do que me trouxe à vida pública de volta, que é compromisso e o amor a essa terra e esse povo".
Embora a moderação faça bem a qualquer um, não apenas a Ciro, o jogo indica que, dada a configuração, não faz sentido ele disputar os votos conservadores, o que se imporia numa coligação com o "centrão". Seu sotaque ideológico será, sim, da esquerda porque é esse o eleitorado que ainda está órfão no país quando Lula não aparece como uma das opções. O que explode é o número de eleitores sem candidato, que dizem votar branco ou nulo. O pedetista terá de capturar, sim, uma parte do eleitorado petista, além de muitos do grupo dos sem-candidato.
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