Costa Neto, o ex-presidiário, vive seus dias de glória e se torna uma espécie de fiel da balança na escolha que foi feita pelo Centrão
PP, SD e DEM estavam mais inclinados para Ciro Gomes (PDT). O PRB ameaçava até mesmo deixar o tal "Centro Democrático" se o escolhido não fosse Geraldo Alckimin (PSDB). Ao grupo, juntou-se, no entanto, o PR, comandado por Valdemar Costa Neto, que esticou o namoro da sua legenda com Jair Bolsonaro (PSL), mas sem casamento. Depois de aguardar alguma sinalização do PT, que não chegou a tempo, ele deixou clara a sua preferência pelo candidato tucano. Josué Alencar, considerado pelo grupo de partidos o vice ideal, é filiado justamente ao PR.
É a redenção de Costa Neto. Já renunciou duas vezes ao mandato de deputado federal: em 2005 e em 2013. Foi condenado pelo STF, em 2012, a sete anos e dez meses de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo do mensalão. Em novembro de 2014, o STF o colocou em prisão domiciliar. Recebeu indulto em 2015, e, em 2016, o ministro Roberto Barroso lhe concedeu o perdão da pena. Dois anos depois, nós o vemos de novo no palco, como um dos protagonistas na definição dos rumos do tal "Centro Democrático". Mais do que isso: sua legenda pode até emplacar o vice-presidente da República.
Continua aqui