Delegado que tenta negar atuação ilegal de Miller contra Temer e Aécio é o mesmo que busca enredar presidente no caso dos portos
O delegado que conduziu o inquérito que resultou no indiciamento do ex-procurador Marcelo Miller, de Francisco de Assis Moura, de Fernanda Tórtima e de Esther Flesh é o mesmo que conduziu a investigação do caso Rodrimar, que tenta implicar o presidente Michel Temer numa suposta operação para proteger os interesses dessa empresa. E aqui cumpre ficar atento. Por quê? O delegado emite uma opinião no documento. Segundo ele, não consta que Miller tenha participado dos preparativos que resultaram na gravação das conversas entre Joesley Batista e o presidente Michel Temer e entre o empresário e o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Vale dizer: o procurador não teria feito nenhuma orientação nesse sentido. Qual é o propósito de tal observação? Ora, não invalidar as chamadas "provas" contra o presidente e o senador. A atuação de Miller caracterizaria a obtenção de provas por meios ilícitos, o que é vedado pelo Inciso LVI do Artigo 5º da Constituição.
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