Desconstruindo Mercadante 4 – É cinismo acusar passividade em guerra fiscal quando senador votou contra São Paulo

Mercadante acusa a "passividade" das autoridades de São Paulo em matéria de guerra fiscal. Chega a ser cínico. Ele votou a favor de um projeto do senador José Sarney (PMDB-AP), finalmente rejeitado, que estendia, na prática, a Zona Franca de Manaus a praticamente metade do território nacional. O site Primeira Leitura, à época, denunciou o escândalo (clique aqui para ler texto). O mais espantoso de tudo é que Mercadante, na sua declaração de voto, admitia que a proposta prejudicava o país, mas, disse, não poderia votar contra um confrade seu. Entre São Paulo, que ele quer governar, e um amigo, preferiu o amigo. Sobretudo porque Sarney presidia, então, o Senado e era candidato à reeleição ao cargo. Era um projeto casado com a recondução ao posto de presidente da Câmara do mensaleiro João Paulo Cunha (PT-SP), que recomendou urgência para aquele projeto. O mensaleiro em questão foi o principal aliado de Mercadante na convenção que esmagou Marta Suplicy e fez Mercadante candidato.