Eles amam seus algozes-3: oposição a privatizações une bandeiras; brasuca não quer grana estrangeira na Petrobras
A oposição às privatizações lidera em todos os cortes, digamos, ideológicos. Entre os que se dizem simpatizantes do PT, só 11% as defendem, contra 83%; entre os que pendem para os tucanos, sobe a adesão, mas ainda é baixa: 37% a 55%; no MDB, apenas 17% a 75%.
O eleitorado de Lula, nem poderia ser diferente, é o mais avesso: 10% a favor contra 80%. Os eleitores de Marina Silva (Rede) não ficam muito atrás: 17% a 70%. No grupo que vota em Jair Bolsonaro, 35% afirmam apoiar privatizações, e 58% não querem saber dela. Entre os eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB), a venda de estatais conta com o apoio de 36%, mas 54% são contrários.
Até entre os que avaliam o governo Temer como "ótimo/bom", a venda de estatais é mais impopular do que popular: 51% a 38%. O grupo que diz ser o governo ruim/péssimo é ferrenhamente estatista: 16% aprovam a venda de estatais, e 75% reprovam.
Ah, claro! A privatização da Petrobras em particular também conta repulsa gritante: 70% a 20%. Mais: esse povo varonil acha que a venda de estatais a grupos estrangeiros mais traz prejuízos do que benefícios (67%). Pensam o contrário apenas 21%. Acreditem: 78% não querem nem capital estrangeiro na estatal!
Tivemos, os liberais, a chance de travar o bom combate, mas a histeria tomou o lugar do pensamento. E a esquerda acabou nadando de braçada. Lula, ou o seu preposto, aguardem para ver, vai tratar a Petrobras como vítima não dos ladrões e larápios que lá foram enfiados, mas do dito "governo golpista".
É preciso errar muito para fabricar algo tão estúpido.
E se errou.