Meirelles vai deixar Fazenda, filiar-se ao MDB e trabalhar com Temer uma candidatura do partido à Presidência. É o correto!
Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, vai deixar o cargo daqui a alguns dias, no começo do mês que vem, e vai se filiar ao MDB. Isso significa que ele vai ser o candidato do partido à Presidência? Ainda não. Mas significa que a legenda terá um candidato: ou será o próprio Meirelles ou será Michel Temer. Há uma boa possibilidade de que ambos componham uma chapa, encabeçada por Temer, com Meirelles de vice.
Afirmo neste blog há pelo menos cinco meses que o PMDB teria um candidato caso os partidos que hoje compõem a base não se disponham a defender o legado de Temer na disputa eleitoral. E, como se sabe, num erro de dimensão verdadeiramente histórica, não se construiu a candidatura comum de centro, com uma agenda que passe por referendar as decisões corretas tomadas pela atual gestão.
O que acho a respeito? Bem, acho que o governo faz bem em ter uma candidatura. Ou será que o governo que tirou o país de uma recessão de 3,6% e o conduziu a um crescimento de mais de 3%; que baixou a inflação de 10% para menos de 3%, e a taxa Selic, de 14,25% para 6,5%.; que reverteu o resultado da balança comercial, conduzindo-a do déficit para superávits recordes; que baixou a taxa de desemprego; que fez a reforma trabalhista; que reestruturou o setor elétrico; que fez a lei de responsabilidade das estatais; que retomou a produção do pré-sal… Será que esse governo merece ser apenas saco de pancada no processo eleitoral, sem chance nem mesmo de se defender?
Bem, acho que não. Ousaria dizer que se trataria de uma irresponsabilidade.