Meses que antecedem as eleições têm sempre alguma tensão; como o diabo da incerteza e do vale-tudo está no comando, a coisa ficou feia
Os meses que antecedem eleições já têm lá suas peculiaridades e turbulências mesmo quando há um franco favorito, como aconteceu em 1998, com a reeleição e FHC, e em 2006, com a reeleição de Lula. Quando o que se tem pela frente é o mais absoluto escuro, aí, meus caros, é o caso de a gente considerar que o diabo pode estar no comando. A crise política que está sendo sistematicamente fabricada no país tem agora uma tradução econômica. Os agentes econômicos botaram o pé do freio. Já há responsável falando em crescimento inferior a 2% — no fim do ano passado e começo deste, havia quem previsse até 4%. Os juros futuros estão em alta. O dólar disparou. Esqueçam Donald Trump e estripulias. Os fatores são internos. Mais: a crise dos combustíveis ainda não cessou seu ciclo de más notícias. Uma pergunta: em momentos assim, o que devem fazer os homens que têm ou que pretendem ter funções de Estado? Bem, entendo que seria investir na paz, não na guerra. Mas não é o que se vê.