MINISTÉRIO DA CONFUSÃO 2: Damares vai ficar também com a Funai e ousa: “Índio também é gente”
Comecemos pelo mais exótico. Sérgio Moro fugiu da Funai como os índios que faziam o papel de diabo, no "Auto de São Lourenço", uma peça de teatro de Padre Anchieta, buscavam fugir da Cruz. A fundação sempre foi subordinada ao Ministério da Justiça. Damares marca o reencontro dos silvícolas com a Bíblia, agora evangélica. Na sua primeira fala como ministra, ela fez uma declaração realmente notável, evidenciando sua expertise no assunto:
"Funai não é problema, índio não é problema. Funai não é problema neste governo. O presidente só estava esperando o melhor lugar para colocar a Funai. E nós entendemos que é o Ministério de Direitos Humanos porque índio é gente. E o índio precisa ser visto de uma forma como um todo. Índio não é só terra, índio também é gente".
Seja lá o que isso queira dizer, o mesmo se pode afirmar sobre qualquer outro grupo de bípedes sem pelo e bico que circule por Banânia. Talvez seja o caso do empresariado brasileiro reivindicar que o antigo Ministério da Indústria e Comércio vá para a pasta de Damares. Afinal, empresário também é gente. Ou, então, o antigo Ministério do Trabalho: trabalhador também é gente.
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