MORO E SEUS AMIGOS 6: A palavra de um delator, e do tipo informal, está na base da condenação de Lula: Leo Pinheiro. Com os amigo do ex-juiz, a coisa é diferente
A palavra de um delator, e do tipo informal, está na raiz da condenação de Lula. Inexiste prova material de que o tal tríplex tenha pertencido ao petistas, embora sobrem evidências de que a família Lula da Silva chegou a ter interesse no imóvel. Mas nunca houve nem mesmo a posse informal do apartamento. Que fator pesou de forma definitiva para a condenação? O testemunho do empreiteiro Leo Pinheiro, chefão da OAS, que estava preso esperando fazer uma delação premiada.
Entenderam? Foi uma simples acusação, sem o peso formal de uma delação, que ajudou a bater o martelo contra Lula. Quando se trata de um amigo seu, futuro colega de ministério, Moro não dá bola para acusações e delações. Declara, simbolicamente, a inocência do acusado e, homem acima do bem e do mal, diz que a pessoa em questão tem a sua confiança pessoal, comportando-se, adicionalmente, como se fosse o chefe de Onyx.
Eis o ex-juiz que diz não ser político e que, afirma, vai apenas exercer um papel técnico no futuro governo. É vergonhoso. Deveria ser constrangedor.