Na Folha — Assombraremos com luta armada entre pedófilos e defensores da família
A esquerda já tentou a luta armada segundo os dogmas expressos nos mais variados manuais. Nunca deu certo. O mais perto a que chegamos foi a Guerrilha do Araguaia, com o resultado conhecido. A população brasileira, na sua maioria ao menos, não se viu representada por seus métodos sanguinários.
Durante a ditadura, a extrema direita também se organizou para "limpar a sociedade", pondo em prática seus próprios meios de resolução de conflitos: eliminar o adversário. Se eu fosse resumir, seria mais ou menos assim: esquerdistas matam "em nome do povo", e seus assassinos anônimos são apenas o braço armado de uma suposta consciência coletiva. Já a extrema direta tem uma visão miliciana do processo: tentam ser menos a expressão de uma coletividade do que a sua polícia informal. Daí que seja recorrente, nesses grupamentos, a ideia da "autodefesa".
Pois é… A dar crédito a certas palavras, parece que, mais uma vez, vamos assombrar o mundo. A luta armada será travada entre pedófilos e defensores da pedofilia e seus adversários. Não está em manual nenhum. Mas não desconfio de nossa capacidade de assombrar o mundo. Temos a maior pororoca do planeta e um Supremo que ignora o "ato jurídico perfeito" e a "coisa julgada", como fez na votação sobre o Ficha Limpa.
Um grupo de deputados foi ao encontro de Sérgio Sá Leitão, ministro da Cultura. Mandam-me um vídeo que registra o encontro. (…)
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