O 22º ELEMENTO 2: Ricardo Salles, do Novo, recorreu à mais asquerosa peça de campanha de 2018; não foi eleito: juntou javali, gente e fuzis. E os dois mortos do MST
Na campanha eleitoral, Salles, que tinha o número 3006, escolhido por ele em alusão a balas calibre .30-06, elaborou uma peça publicitária cujo centro são reluzentes balas de fuzil. A palavra de ordem da peça é "Segurança no Campo". Até aí, bem. Ocorre que há quatro imagens com setas que remetem para as balas, sugerindo que nelas está a solução para todos os problemas, a saber: "contra a praga do javali"; "contra as esquerdas e o MST"; "contra o roubo de trator, gado e insumos" e "contra a bandidagem no campo". Dá, claro!, para discutir se o melhor caminho é recorrer a fuzis para enfrentar javalis e bandidos, mas é um despropósito absoluto que sejam eles também o instrumento para, como ele diz, enfrentar "as esquerdas e o MST". Aí estaríamos no território da luta armada.
A propósito, informa o Estadão:
"Dois militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram mortos a tiros, na noite deste sábado, 8, no interior de um acampamento, no município de Alhambra, a 45 km da capital da Paraíba. De acordo com testemunhas ouvidas pela Polícia Civil, criminosos encapuzados invadiram o acampamento D. José Maria Pires, foram ao local e assassinaram os dois homens que estavam jantando. Conforme o MST, as vítimas eram Rodrigo Celestino e José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando".
Pessoas, de esquerda ou não, do MST ou não, por mais equivocadas que estejam, não podem ser igualadas a uma praga. Ou há algo de errado no que digo?
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