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Reinaldo Azevedo

O alvo nº 1: Jamais um presidente enfrentou o assédio de que Temer é alvo; há a decisão de não deixá-lo respirar até o último dia no poder

Reinaldo Azevedo

08/05/2018 08h16

Jamais um governante no poder experimentou o assédio por que passa o presidente Michel Temer. A determinação é de não deixá-lo respirar. As duas investidas de Rodrigo Janot — uma com o auxílio de Joesley Batista, e outra, de Lúcio Funaro —, na prática, não cessaram. Não bastou a negativa da Câmara em dar prosseguimento às investigações.

Notem: parece pouco provável, a cinco meses do primeiro turno das eleições deste ano, que o presidente concorra à reeleição. Se o fizer, não é realista achar que possa ser reeleito. Mas nem mesmo a trégua de pouco mais de sete meses aceitam lhe dar, pouco importando o que isso custe em instabilidade política. Há uma fúria canibalesca em curso. E se dá em mais de uma frente. Todas elas afrontando a lei de maneiras diversas, mas combinadas.

Reitero: investigações que estão em curso poderiam ser postas em prática tão logo o presidente deixasse o cargo. Mas faz parte da metafísica da Lava Jato acuar o poder. E conta, para isso, com apoio irrestrito da imprensa.

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.