O custo, por enquanto, da patuscada alcança os R$ 13,5 bilhões. Você paga. Isso é só o começo; a turma do locaute ainda vai roubar bem mais
Eduardo Guardia, ministro da Fazenda: ele terá de tentar a mágica com o Orçamento
O custo total da redução no preço do diesel será R$ 13,5 bilhões ao Tesouro Nacional. Vale dizer: você vai pagar. E de onde sai esse dinheiro? Vamos ver.
– o diesel terá uma redução, nos próximos 60 dias, de R$ 0,46 e seguirá tabelado no período. A extinção da Cide e a redução da cobrança de PIS-Cofins responderá por apenas R$ 0,16 dessa queda;
– a extinção apenas da CIDE custaria R$ 2,5 bilhões. Como PIS-Cofins cai de R$ 0,46 por litro de diesel para R$ 0,35, soma-se à conta mais R$ 1,5 bilhão;
– e os outros R$ 0,30 de redução? Bem de onde? Ora, do Orçamento. O governo vai ter de rebolar e cortar despesas de outras áreas. Será preciso compensar a Petrobras e importadores do produto. Estima-se o espeto em R$ 9,5 bilhões, perfazendo-se, então, R$ 13,5 bilhões.
Eduardo Guardia, ministro da Fazenda, tentou minimizar o impacto, afirmando que os R$ 4 bilhões desse total serão compensados pela reoneração da folha de pagamentos. Não dá para aceitar a conta. A reoneração já era parte da recomposição fiscal implementada pelo governo. E não estavam previstam essas concessões todas ao locaute das empresas de transportes. E assim é ainda que o governo venha a aumentar o número de setores que sofrerão a reoneração. No projeto aprovado na Câmara, o número limitou-se a 28, embora o texto original especificasse 56.
Saibam: isso é só o começo. Vem mais assalto a seu bolso. Mas, a ser verdade que a maioria do país aplaudiu, então que todos paguem com um sorriso no rosto.
