Petistas têm de se voltar para Capitulo XVIII de “O Príncipe”, que trata do compromisso com o sucesso ou com a derrota. Será útil e prudente
Alguns petistas, é certo, leram "O Príncipe", de Maquiavel. Quem o fez com competência encontrou, no fim do capítulo XVIII, a frase que popularizou uma corruptela que o autor nunca escreveu: "Os fins justificam os meios". Não! Em tom de crítica, diz ele: "O que importa é o sucesso das ações (…): os meios serão sempre julgados honrosos e por todos louvados, porque o vulgo sempre se deixa levar pelas aparências e pelos resultados, e no mundo nada existe senão o vulgo".
Maquiavel só estava sendo realista. Não estava expedindo uma sentença moral. Alguns, no PT, começaram a se lembrar do que vai acima: ninguém quer se comprometer com o insucesso das ações; ninguém quer se agarrar a quem escolhe a derrota. Quando alguém joga apenas a própria sorte numa obsessão destinada ao nada, ok. Quando entra a sorte alheia, bem, aí é hora de consultar "O Príncipe".
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