2018 JÁ-5: “Ala xófen” de bico fechado. Ou: Sempre preferi ser velho!

Não se ouviu um pio da dita "Ala Xófen" do PSDB.  A turma da cabeça preta ficou calada. Ainda bem! Produziu bobagens além da conta nos últimos tempos. Até se revelar uma fraude. Não queria mesmo era se comprometer com a reforma da Previdência. Embora os valentes se digam "os modernos" do partido quando atuam nas redes sociais, operavam, na prática, para deixar pra lá essa conversa. Geraldo Alckmin, agora presidente do partido, defendeu a mudança. Bem, haverá a chance de se medir a efetividade dessa adesão.

Juventude, já escrevi aqui, não é categoria de pensamento, não é categoria política, não é categoria sociológica, não é categoria ideológica… Trata-se apenas de uma questão etária. Há jovens como Rimbaud, como Lucien Lacombe, como Mário Peixoto e como os tucanos de cabeça preta e miolo mole.

Sabem o que significa ser jovem? Nada!

Há os que têm o que dizer e os que não têm. Há os corajosos e os covardes. Os decentes e os indecentes. Os leais e os desleais. Os inteligentes e os burros. Os oportunistas e os de princípios.

Como em qualquer grupo.

Quem fala em nome da juventude pretextando uma autonomia de conteúdo é só um trapaceiro. Por definição, a experiência menor aponta para um repertório mais limitado.

E isso pode ser superado, sim, com estudo, afinco, dedicação, preparo. Quando isso acontece, tem-se uma qualidade APESAR da juventude, não por causa dela.

Vale dizer: a juventude é uma condição a ser superada por intermédio do talento e do esforço, não um valor a ser exaltado em si.

Em si, a depender da área, é só um mal. Mas que tem cura.

"Está escrevendo isso só porque já está com 56 anos, né, Reinaldo?" Pode ser, mas acho que não. Em muitos aspectos, sou mais jovem hoje do que aos 15.

Eu sempre gostei de ser velho.