ECONOMIA 2: Quem sabe o país possa contar com o realismo dos otimistas para reconhecer que o governo Temer funciona
Por que é tão difícil admitir que temos um governo que, dadas as circunstâncias, é surpreendentemente eficaz?
Porque isso desmonta as falácias criadas pela extrema-direita e pela esquerda, cada uma delas acendendo vela ao capeta alheio achando que homenageia o seu próprio Deus. A imprensa, infelizmente, tem sido refém desse jogo perverso.
A esquerda não poderá jamais admitir que o governo Michel Temer não apenas livrou o país da rota do desastre como conseguiu, mesmo em meio a duas tentativas de golpe, aprovar medidas de caráter estruturante, de longo prazo. Querem o quê? Até setores do tucanato se negam a reconhecer o que é uma obviedade. O discurso do lulismo e assemelhados periféricos (PSOL ou Ciro Gomes) usará os efeitos da herança maldita deixada pelo próprio PT para tentar desqualificar as virtudes óbvias, evidentes, incontestáveis do governo em curso.
E a extrema-direita, embalada pelo lava-jatismo doidivanas, não pode admitir que o governo que sobreviveu a duas tentativas de golpe — desfechadas pelo MPF, com o auxílio de bolsões do STF e da própria imprensa — aprendeu a andar de bicicleta. Vale dizer: se o processo de reformas não parar, existe, sim, um caminho, uma saída, uma vereda rumo ao crescimento sustentável. Mas não pode parar de pedalar — não, Dilma, não é o que você está pensando…
Temer estava havia pouco mais de seis meses à frente da Presidência, e escrevi que ele tinha tudo para ser o presidente mais injustiçado da história. Ainda não mudei a minha avaliação. Mas torço, confesso, para que os brasileiros comecem a lhe fazer justiça. Se depender dos covardes que se fingem de pessimistas, não vai acontecer. Quem sabe a gente possa apostar um pouco na coragem dos realistas?