Jean Wyllys e os 9 dedos de Lula. Ou: Ideias torpes de um deputado sob uma cabeleira suja
O deputado Jean Wyllys (RJ), que pertence ao PSOL, mas se comporta como a escória do PT — daí que diga barbaridades que Gleisi Hoffmann nenhuma teria coragem de dizer —, pôs nas redes sociais um vídeo espantoso. Vejam:
https://www.youtube.com/watch?v=Rz-zL4CR5Ls
Santo Deus!
Por onde começar? Talvez bastasse lembrar que Lula tem nove dedos, não nove dedos e meio…
É estupefaciente!
A piada infeliz de que o ex-presidente ganhou um ano de condenação por dedo começou a circular nos ambientes da direita imprópria para consumo humano. Eu tenho nojo desses gracejos. Meu pai perdeu um dedo trocando mola de caminhão. Ainda que meu pai não fosse, esse tipo de estupidez fere a minha inteligência e meu senso de dignidade. Mas agride também a minha memória afetiva.
Ver um cretino de esquerda, lulista fanático, a apelar à mesma baixaria, mas tentando o caminho da baixa vitimização — e vitimização tomada de empréstimo, note-se —, é de embrulhar o estômago.
A direita brasileira, com efeito, abriga algumas reputações que não devem orgulhar pessoas decentes. Mas a decadência intelectual e moral da esquerda consegue ser ainda maior, segundo seus critérios já naturalmente rebaixados.
Esse esperto rapaz é aquele que ganhou R$ 500 mil por ter dito num Big Brother: "Ah, fazem isso comigo só porque sou gay…" E, à época, ninguém sabia que ele… gay.
Aí inventou uma profissão para si mesmo: o oprimido passivo-agressivo. Sim, ele sempre fala do ponto de vista privilegiadíssimo da vítima que conquistou um poder.
E notem como não tem receio nenhum de transformar seu gosto pessoal em padrão estético — ataca os ternos "cafonas" de Moro — e em exercitar preconceito de forma velada. Diz que Moro tem "uma voz que não combina com a sua cara".
Ora, o juiz tem a voz que tem assim como Jean Wyllys é gay. Não se podem mudar nem um coisa nem outra. Eu brinco com Randolfe Rodrigues, ex-colega de partido de Wullys: digo ser ele "a soprano do golpe contra Temer". É uma alusão à sua óbvia voz fina? É. Mas só um tonto não percebe que a crítica se volta para a estridência do senador. E há gente muito mais estúpida do que ele com voz de tenor.
A fala de Wyllys pretende ser malandrinha. Ele tenta emprestar a suposta incompatibilidade entre a voz e a cara de Moro algum conteúdo sub-reptício.
Dizer o quê? Este senhor já me atacou algumas vezes. Numa delas, disse que eu era uma "bichona enrustida". O que dizer sobre um gay profissional que usa o termo "bicha" para ofender um desafeto?
Moro não pode mudar a sua voz. E suas sentenças não têm nada com isso.
Jean Wyllys não pode mudar sua sexualidade.
Mas uma coisa o deputado pode fazer por si mesmo: essa cabeleira não vê água faz tempo. Falta de asseio, Wyllys, na sua classe social, é uma escolha. E uma má escolha.
Mas que se note sempre: o problema de não está nessa cabeleira engordurada, mas nas ideias estúpidas que vão por baixo dela.
Ah, resta aos movimentos antilulistas exigir que, em eventuais novas condenações, os juízes de Lula levem em conta também os dedos dos pés…
