Maia: nunca antes na história ‘destepaiz’ um pensamento tão modesto mereceu tão grande acolhida; quero seu antidepressivo
Tenho um querido amigo que é amigo de Rodrigo Maia (DEM-RJ). Tentou me fazer ver que talvez eu seja rigoroso demais com o presidente da Câmara. Eu sempre presto muita atenção aos que dizem os amigos — adaptando Noel Rosa, gosto de "não prestar" para as pessoas que detesto, rsss. Submeti meus juízos a uma reapreciação. Não tem jeito. Maia revela algumas falhas de caráter político — REITERO: CARÁTER POLÍTICO — que são, para mim, insanáveis.
Vocês acreditam que concedeu uma nova entrevista, publicada neste fim de semana? Desta feita, na Folha. A primeira coisa que me chama a atenção é que, se o presidente da Câmara falasse bem do governo Michel Temer e lhe reconhecesse os méritos, ninguém daria por ele um real furado. Seria condenado ao silêncio. Até porque, lamento constatar, ele não tem nada a dizer em dezembro que já não tenha dito em novembro, outubro, setembro, agosto… Em julho, admito, ele tinha uma particularidade: tentou derrubar Temer e não conseguiu. Depois passou os cinco meses seguintes, incluindo este dezembro, negando que tivesse feito aquilo que todo mundo sabe que fez.
Abaixo, vou comentar trechos da entrevista à Folha. Não sem declarar uma certa inveja. Gostaria de saber qual é o antidepressivo de Maia. Também quero tomar. Nunca antes a modéstia foi tão saliente e convicta de sua excelência. Estamos diante de um rearranjo neuronial de poderosa bioquímica.