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Reinaldo Azevedo

ONGs, sanguessugas, polícia e divã

Reinaldo Azevedo

23/02/2017 21h51

Quase sempre a verdade tarda e falha. Às vezes, acaba acontecendo. Saudemos esses momentos raros. Todo mundo sabe o que acho de ONGs. Até as honestas, a larga minoria, me irritam. Gente que tem o miolo no lugar só se ocupa mesmo de trabalhar, votar direito, cuidar de suas manias e, claro, de sua família. O resto, pra mim, é caso de divã. Ou de polícia. Acreditem em Alberto Caeiro. Todo mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros. As exceções são a amizade e o sexo. Bom, lá vêm mais ONGs metidas com sanguessugas. Por Dimmi Amora e Maiá Menezes no Globo desta quarta: "Uma ONG que recebeu R$ 450 mil do governo federal este ano por emenda do deputado Paulo Baltazar (PSB-RJ) para um projeto na área de esportes em Volta Redonda está ligada a outra entidade do grupo da Máfia dos Sanguessugas. O projeto, chamado Esporte Você, está sendo desenvolvido pelo Instituto Pro-Rio, que tem um endereço fantasma na cidade do Rio. Um dos coordenadores do projeto é Nylton Simões Filho — citado como o braço da quadrilha no estado e que teria fundado outra ONG, o Instituto Brasileiro de Cultura e Educação (Ibrae) — que também recebeu recursos de emendas de Baltazar para um projeto de inclusão digital em ônibus. Em documentos aos quais O GLOBO teve acesso, a Pro-Rio apresenta dois endereços. No primeiro, o dono do imóvel, onde funciona uma empresa de informática há quase dez anos, informou que não conhece e nunca ouviu falar no instituto. Cartas que chegam para o Pro-Rio no local são devolvidas aos Correios. O outro endereço, que consta como sendo o de Nylton Simões no documento que apresenta o projeto, é o mesmo em que funciona o Ibrae, no Centro do Rio." Clique aqui para ler mais

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.