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Reinaldo Azevedo

Pesquisa Sensus 2 – Voto espontâneo, rejeição e a tese dos três terços

Reinaldo Azevedo

23/02/2017 22h13

Mais uma vez, evidencia-se a tese dos três terços do eleitorado brasileiro, que foi introduzida no debate pelo finado Primeira Leitura. E isso fica claro quando se analisam os dados referentes aos votos espontâneos e à rejeição. Indagados em quem votariam, sem a apresentação de lista, a resposta é aborrecidamente óbvia: 33,5% escolhem Lula, e apenas 12,2% Alckmin. Lula é conhecido de praticamente 100% do eleitorado, e um terço, insisto, sempre votará nele. Mas um terço, também, sempre votará contra ele, daí que sua rejeição seja de 32,4%. A rejeição a Alckmin é ligeiramente maior (35,8%), mas caiu (era de 40,6%). É compatível com um quadro em que ele vai se tornando mais conhecido, já que desconhecimento e rejeição se misturavam. Na medição como a faz o Sensus, ela tende a estacionar naquele terço correspondente que sempre votará em Lula. O que isso significa? Que o terceiro terço do eleitorado continua móvel e conquistável. E que a eleição não está decidida, embora o quadro seja favorável a Lula.

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.