PIB volta a crescer: Temer é o caminho que nos distancia do abismo

A economia, como vimos, deu sinais positivos no primeiro trimestre: cresceu 1%. Depois de oito trimestres de queda. O país já pode respirar aliviado, mais ou menos como aquele caminhante extenuado e sedento que alcança o oásis? Ainda não. E essa necessária apreensão nada tem a ver com a economia, mas com a política. Já volto ao ponto. Antes, alguns destaques relevantes.

O grande destaque do primeiro trimestre foi o setor agropecuário, que cresceu 13,4%. Apesar dos esforços feitos pela desastrada Operação Carne Fraca, da PF, para quebrar o setor e o país, isso não aconteceu. Que bom! E por que o crescimento, no conjunto, é de 1%. Ocorre que o agronegócio responde por algo em torno de 24% do PIB. O setor de serviços, que concentra mais de 70%, ficou estável. E há uma boa notícia na indústria, com expansão de 0,9%.

Sim, há números ainda muito ruins, que resultaram da maior recessão da história, promovida pelo PT. Há uma queda de 0,6% no consumo do governo e de 0,1% no das famílias. O investimento recuou 1,6%. Mas o caminho da recuperação está dado.

O presidente Michel Temer saudou o resultado e atribuiu o bom desempenho também à sintonia entre governo e Congresso. Mais: havia a perspectiva da estabilidade e das reformas.

Tudo isso pode se perder? Bem, a economia não aceita certos desaforos da política. Repudia, por exemplo, a insegurança jurídica. E esta tem sido nossa parceira mais constante.

Os especialistas são reticentes em garantir o fim da recessão porque dizem que, para tanto, é preciso que o crescimento se espalhe por vários setores. E, como vimos, não se pode afirmar isso.

É claro que a quadra lamentável que vivemos, com uma conspiração que ameaçou engolir o presidente com uma soma impressionante de ilegalidades — o que contou com o protagonismo de Rodrigo Janot e de Edson Fachin e a conivência de Carmen Lúcia —, pode pôr tudo a perder.

O Brasil tem um caminho para se distanciar do abismo: chama-se Michel Temer, que tem de ficar no mandato até 2018.

"Ah, mas e se ficar provado que…?"

Nem completem a frase, por favor! Em primeiro lugar, é preciso que Ministério Público Federal, Polícia Federal e ministros do Supremo aprendam a se comportar dentro da lei. Aí conversamos.

Nas democracias, o que não é lei é golpe.