Sérgio Sá Leitão na Cultura: ele era, desde sempre, o melhor nome. Luz, câmera, ação!
É claro que gostei da escolha que o presidente Michel Temer fez para o Ministério da Cultura. Há muito acho que Sérgio Sá Leitão era o melhor nome para a pasta. E não falo agora, quando já foi indicado. No dia 24 de maio de 2016, escrevi num post o seguinte, por ocasião de um artigo que o agora ministro indicado havia publicado na Folha:
Os tolos escolhem seus preconceitos. Os inteligentes, o que funciona. Sérgio Sá Leitão (…) escreve um excelente artigo na Folha desta terça sobre a questão cultural no Brasil e a momentosa polêmica: "secretaria ou ministério?" Ele já foi chefe de gabinete do Ministério da Cultura, no governo Lula, e secretário municipal de Cultura do Rio de Janeiro, na gestão Eduardo Paes.
Sá Leitão presidiu a RioFilme durante seis anos e é unanimemente reconhecido como o principal responsável pelo empreendimento. Se alguém tivesse me perguntado, era meu candidato a ministro da Cultura — mesmo tendo servido, lá atrás, ao governo do PT e, depois, à gestão municipal do PMDB. Nos dois lugares, não serviu a ideologias ou partidos: serviu à eficiência.
(…)
Não tenho ideia se Sá Leitão toparia ou não. O fato é que ele segue sendo o nome mais competente para tocar o setor de Audiovisual da Cultura. Tem os olhos voltados para a valorização do produto artístico, sim, mas sabe que o mercado existe. Mais: tem clareza de que essas demandas não são contraditórias. E é também avesso ao aparelhismo político.
Abaixo, um trecho de seu artigo na Folha, intitulado "Menos discurso, mais ação".
"É preciso formular uma política objetiva, baseada na ideia de que a cultura pertence ao campo da sociedade e acontece no plano local. Ao poder público cabe estimular, promover e proteger, e não produzir.
Deve-se levar em conta a dimensão simbólica, econômica e cidadã. E ter orçamento compatível, capacidade operacional, centralidade entre as políticas governamentais e parceria com os municípios.
A cultura pode ser um antídoto contra a recessão, por sua capacidade de gerar renda, emprego, inclusão e felicidade. Portanto luz, câmera ação!"