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Reinaldo Azevedo

Tinha público, foi muito bom, e já voltei

Reinaldo Azevedo

23/02/2017 22h18

E não é que havia público? Acabei de voltar. Foi um encontro agradabilíssimo. Falei sobre "O governo Lula e o Estado de Direito: o posicionamento das instituições e da sociedade". Fui convidado pelo professor Fabio de Biazzi, que coordena os cursos de MBA do IBMEC São Paulo — http://www.ibmec.br/ —, uma instituição de ensino que respira excelência a cada detalhe, o que inclui o prédio: moderno, arejado, salas amplas, equipadas, com acústica perfeita. Biazzi é inteligente e educado. E eu gosto é de civilização. Os ouvintes/debatedores eram de primeiro time. Existem, sim, pessoas inteligentes, morais e indignadas no país, mas quem as reúne? Quem quer reuni-las? A impressão é que os partidos políticos, como entes privados, temem esses militantes da eficiência. Só sabemos nos organizar para a cultura da reclamação. Os candidatos talvez nem dêem caras por lá, onde há, certamente, muita gente que passa apertado para poder pagar o curso, tentando melhorar de vida, essa coisa considerada criminosa num país de nhonhôs, serviçais e de políticos prestadores de serviço — como se o dinheiro com que fazem a caridade fosse deles… Antes que digam que estou fazendo propaganda a soldo, falei de graça, falei porque fui convidado, falei porque quis e porque havia quem me ouvisse. Bem, vocês conhecem quase tudo. Essencialmente, a divergência que interessa se dá entre os que acatam os Estado de Direito e suas conseqüências e os que não acatam. Existe uma classe média no Brasil inteligente e preparada, que não suporta mais ser tutelada. Mas os políticos, especialmente os de oposição, ou não sabe disso ou consideram o fato irrelevante. Por isso chegamos aqui. Tomara que ela faça o que eles não têm coragem de fazer.

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.