Pergunta ÀS bolsonaristas e a tese intrigante do esperma espesso que dá origem a machos
Sim, ainda vou escrever sobre a manutenção da condenação do deputado Jair Bolsonaro por frase sobre estupro. E pouco me importa que o alvo tenha sido uma deputada cujas ideias ou combato ou desprezo.
Obviamente, não posso entender a mentalidade de um homem que, por civilizado, tente negar as implicações lógicas daquela fala e abuse de falácias primitivas. Nem entro no mérito neste post. O texto ainda virá.
O que me interessa, agora, é dirigir uma pergunta às mulheres bolsonaristas — e as há… Acho que é matéria para a psicologia, mas há.
"Vocês também acham o estupro uma merecimento que só deve distinguir as belas, ou haveria aí alguma forma inaceitável de preconceito estético?"
Não custa lembrar que o deputado, com aquele seu estilo, como é mesmo, "brincalhão", afirmou ter cinco filhos, quatro deles homens. Na última, disse aquele que quer governar o Brasil, ele deu uma "fraquejada", e, ora vejam!, nasceu uma mulher.
Entendo.
No bolsonarismo, um homem só encontra outra pessoa à sua altura em outro homem. É possível que haja uma leitura mais lírica disso, né? Sigamos.
Ouvi no trem, há muitos anos, uma explicação bastante interessante para o nascimento de mulheres. O sujeito desqualificava uma terceira pessoa numa conversa inflamada com um interlocutor. E dizia ser o inimigo um "porra-rala".
Repetiu a expressão umas três vezes. Até que o outro não conteve a curiosidade.
"Mas por que você chama ele de porra-rala?"
E o nosso cientista popular ficou ainda mais exaltado:
"Rapaz, o cara tem cinco filhas, tudo mulher! Não teve nem a capacidade de fazer um homem".
Como a gente nota, o bolsonarismo pode, com efeito, remeter a questões científicas, quem sabe genéticas.
Ah, sim: a pergunta é retórica. As mulheres bolsonaristas, se bolsonaristas, não precisam se dar ao trabalho, rsss…