Programa de Bolsonaro 3: na sala, as asneiras sobre “identidade nacional” e Orçamento Base Zero: obscurantismo com ignorância elementar
O problema com a "identidade nacional", já esboçado pelo general Hamilton Mourão, volta à pauta. Lá se encontra este primor:
"O Brasil passará por uma rápida transformação cultural, onde a impunidade, a corrupção, o crime, a "vantagem", a esperteza, deixarão de ser aceitos como parte de nossa identidade nacional, POIS NÃO MAIS ENCONTRARÃO GUARIDA NO GOVERNO."
Ah… Eu nem sabia tratar-se de uma "identidade".
Entendi! Não haverá espaço para homem público nomear caseiros de suas respectivas propriedades de veraneio como funcionários da Câmara. É a revolução cultural.
Da revolução cultural anti-Wal, salta-se para o "Orçamento Base Zero", que consiste basicamente em, a cada ano, começar a discutir do zero mesmo o orçamento das diversas áreas. Para tanto, seria preciso, pra começo de conversa, que não houvesse as verbas carimbadas, os desembolsos obrigatórios com saúde, educação e seguridade. Emendas teriam de ser aprovadas pelo Congresso, com 308 deputados e 49 senadores.
Num momento quase lírico, a gente lê:
"Chega de carimbos, autorizações e burocracias. A complexidade burocrática alimenta a corrupção. Faremos um Governo que confiará no cidadão, simplificando e quebrando a lógica que a esquerda nos impôs de desconfiar das pessoas corretas e trabalhadoras. Não continuaremos a tratar a exceção como regra, o que prejudica a maioria dos seguidores da lei."
Não sei o que quer dizer. Mas afirmar que a esquerda é que criou a burocracia nacional não é só mentiroso. É também estúpido.
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