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Reinaldo Azevedo

Quando candidato ao STF, Fachin visitou gabinetes de senadores com chefão da J&F; Barroso, o Torquemada, e a parente encrencada

Reinaldo Azevedo

19/06/2018 08h03

A advogada Fernanda Tórtima, irmã de estimação de Barroso, o defensor do acordo de impunidade para Joesley

Há varias relações cruzadas no imbróglio da delação dos diretores da J&F. A empresa foi uma das entusiastas da indicação de Edson Fachin para o Supremo. Quando ainda apenas indicado, o agora ministro visitou o gabinete de senadores em companhia de Ricardo Saud, diretor do grupo e, notoriamente, o homem da mala de dinheiro de Joesley Batista. Quando homologou a sua delação, garantindo-lhe a impunidade — a ele e a todos do grupo —, Fachin sabia que estava atuando em benefício de quem já lhe havia prestado favores. O ministro Roberto Barroso, defensor ferrenho de que uma delação pode mais do que todo o ordenamento legal, é irmão meio postiço, mas irmão ainda assim, de Fernanda Tórtima, uma das indiciadas. A mãe dela já foi casada com o pai dele. E ambos já dividiram mais de uma vez o peru de Natal. Se a vontade de Barroso tivesse prevalecido, um membro de sua família não estaria agora com problemas com a Polícia.

Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.