Quantos foram mesmo os mortos e feridos nesta quarta, doutor Thompson e senadora Gleisi? Ou: “fake news” divulgadas por “fake people”
E aí? Contaram o número de mortos e feridos nas terríveis manifestações desta quarta-feira? O que lhes pareceu? Bloqueios terrestres, aéreo e naval — no caso, fluvial: rio Guaíba — para quê? Como no poema "O Gaúcho" — bem a propósito —, de Ascenso Ferreira, "para nada". Era só conversa mole.
De um lado, o desembargador Thompson Flores tendo maus arrepios em Brasília com a democracia, denunciando um clima de guerra que, como observei aqui, nunca existiu. De outro, a penca de bobagens ditas pelos senadores Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR). E, no entanto, nada aconteceu.
Aliás, as manifestações foram modestíssimas de um lado e de outro.
Os petistas e as esquerdas não têm razão nenhuma para comemorar. Lá estavam os militantes de sempre — "de sempre", entenda-se, desde que a esquerda minguou. A direita e os profissionais do antipetismo também não têm do que se orgulhar. Meia-dúzia de gatos pingados.
A verdade é que a população está em outra. Esperem e verão: ninguém mais aguenta lava-jatismos, lava-jatices e chatices afins.
Faltou povo dos dois lados. Ambos enterraram suas quimeras com muito menos alarde do que pretendiam.
Os eventos desta quarta expuseram o ridículo dos alarmistas e a tibieza das respectivas militâncias dos dois lados do muro.
Já se sabe que o Facebook — e Zuckerberg vive de pedir desculpas ultimamente — é o terreno privilegiado das "fake news".
"Fake news" alardeada por "fake people".