REFORMA EM TRANSE 1: Esquerdas não atrapalham. Muitos escolheram Mito para caçar gays, não para cassar aposentadorias
Alguém aí falou em esquerdas? Não, né?
Elas estão quietas. Quem não se ocupa de
Lula, ocupa-se de Maduro. Quem não se
ocupa de Maduro e Lula, está de olho no
caso Marielle. Tudo muito justo. Só estou
ressaltando que as resistências à reforma
da Previdência vêm da base real ou
potencial do próprio Bolsonaro. A
mobilização do povo sem rosto ainda não
começou. Por enquanto, os descontentes
que fazem chegar a sua contrariedade com
a reforma da Previdência são os que
compõem a elite do funcionalismo público
e os eleitores de Jair Bolsonaro. Não
adianta o presidente pôr seu filho do meio,
o sempre agressivo — no texto ao menos
— Carrrluxo, para defender a reforma.
Como escrevi aqui numa série de posts,
terá de ser ele próprio, Bolsonaro, a dizer o
que passou a querer para a Previdência. E
será preciso pedir desculpas contundentes
por tudo o que afirmou sobre o tema há
menos de um ano. Carrrluxo ensaiou uma
defesa da reforma e foi fustigado pela base
do papai. A razão é simples: muitos
votaram no "Mito" para que ele caçasse
gays, não para que cassasse aposentarias
aos 50. A primeira coisa lhes parecia justa
porque, afinal, não são gays. Já a
segunda, não. Eles queriam se aposentar
aos 50 num mundo sem gays. Vamos ver.
Continua aqui.