Se não houver aplicação de exceção da lei, Lula estará no horário eleitoral. Portugueses, índios e africanos, acreditem, nada têm a ver com isso!
A gente sempre pode buscar uma resposta simples e errada para um problema difícil, a exemplo do que faz o general Hamilton Mourão, vice na chapa do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e, ao olhar os marcos legais que tratam da eleição de 2018, concluir: "Ah, essa herança do cartorialismo português, da indolência indígena e da malandragem do africano realmente não deu certo. O vice do mito de si mesmo tem razão". Pois é… Ocorre que as esquisitices são mesmo uma criação nossa. Nada devem aos colonizadores, aos nativos da terra antes da colonização ou àqueles trazidos à força. Por que digo isso? A questão da hora é como impedir que o petista Luiz Inácio Lula da Silva, que será declarado inelegível, tenha acesso ao horário eleitoral no rádio e na TV e ao Fundo de Campanha. As duas coisas são financiadas com dinheiro público. O ente que garante os recursos é, para todos os efeitos, o Estado brasileiro, que vem a ser o mesmo que trancafiou Lula e o tornou inelegível. Não tente explicar a coisa a um estrangeiro eventualmente acostumado a alguma racionalidade. Vamos ver.
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