Sem chefão petista na eleição, nome do centro tem de ser anti-outsider
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) acerta na mosca ao dizer que a eventual ausência de Lula pode beneficiar um nome que defenda o legado governista, MAS SÓ se esse candidato mostrar capacidade de ganhar a eleição. Parece tautologia, mera obviedade, mas não é. O senador está chamando a atenção para o fato de que não está em construção apenas a candidatura de um "anti-Lula", mas também de um "anti-outsider". Mostrar "capacidade de ganhar" implica ter a habilidade de aglutinar as forças politicas que hoje se orientam para o centro. Pode ser Alckmin? Pode. Mas também pode ser um outro nome — inclusive, sim, o do próprio presidente Michel Temer.
Mas isso não soa estranho, dito a esta altura, dados os índices de popularidade do presidente? Mais uma vez o senador vai ao ponto ao lembrar que esse governo tem o que defender. Afirmou ele:
O presidente Temer assumiu o governo há um ano e meio com inflação de 10,45%. Agora está em 2,8%. Pegamos taxa de juros de 14,75% e está a 7% -a menor da história do país." E ainda: "Crescimento econômico, emprego, reforma trabalhista, reformas estruturantes. Estamos saindo de uma tempestade. A cada dia que passa, o legado cresce, e o fortalecimento do PMDB ocorre. O governo está construindo um legado na economia e na gestão que será um pilar importante na campanha.