Será que Rodrigo Janot precisa de terapeuta? Talvez bastem um Engov antes e outro depois...
No programa "Roberto D'Ávila Entrevista", que foi ao ar nesta quarta à noite, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, evidenciou que ou precisa de um bom terapeuta ou precisa mudar os hábitos de ingestão — senão na qualidade, quiçá na quantidade.
Ele estava intimista, confessional, humano mesmo, aquela coisa "olho no olho" com Roberto D'Ávila, sempre suave, um craque! Refiro-me ao entrevistador. Durante a ditadura, D'Ávila fazia um general se parecer com Tocqueville. E isso não é uma ironia. Assim, não foi tarefa tão difícil transformar o procurador-geral num homem sensível, porém indignado.
Segundo Janot, ao ouvir a gravação da, digamos assim, "conversa" se Joesley Batista com presidente Michel Temer, sentiu náusea. Ui, ui, ui. Ao longo das apurações envolvendo o procurador Ângelo Vilela, que está preso, vomitou quatro vezes.
Temos, como titular da Procuradoria-Geral da República, um homem que vomita reiteradas vezes em razão, entende-se, de desconforto moral.
Ainda olharemos com espanto para estes dias. Este senhor que vai se despedindo da função conduziu a política à beira do abismo, com reflexos óbvios na economia, e produziu o maior ciclo de impunidade de que se tem notícia.
Ou me digam o que acontecerá com os corruptos ativos e passivos que decidirem fazer delações de olho no alvos, no calendário e nos seus negócios privados.
Estamos vivendo um ciclo de histeria coletiva, que faz a fortuna dos espertalhões da especulação.
Terapeuta para Janot? Acho que não! Talvez bastem um Engov antes e outro depois.