Showmícios continuam proibidos. Já as aberrações…

Eu já disse que não gosto da tal minirreforma eleitoral. Acho castradora. Proíbe-se o periférico, já que não se pode entrar no mérito do essencial. Nem camiseta com a cara do candidato pode. Tenham dó. Showmício também não. É tratar o povo como idiota. Se um sujeito vota num candidato ao governo ou à Presidência por causa do artista, encontrará alguma outra razão idiota, quiçá menos virtuosa, para fazê-lo. Isso é besteira. Torna as campanhas mais chatas. E não venham me dizer que elas ficam mais baratas. O dinheiro terá de ser gasto de outro jeito. Tanto é que aumentou muito a previsão oficial de gastos. Ou eram os artistas que levavam o melhor do caixa dois? Bom, de todo modo, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ellen Gracie, mandou arquivar uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a proibição de showmícios. Continua proibido. Tinha sido ajuizada pela OMB (Ordem dos Músicos do Brasil). A ministra argumentou que, por não ser uma entidade de classe, falta à OMB legitimidade para a iniciativa. Ok. É uma questão técnica, não política. Mas o problema permanece. Artista, no palco, não pode participar do show eleitoral, mas o Marcola pode. Contra este, fazer o quê? Como não diria o Babalorixá, não acredito em mais democracia com "menas" liberdade. Duvido que um cantor de MPB compre a consciência de alguém. Ademais, show não pode, mas arrastão eleitoral da CUT, como a entidade já disse que vai promover, bem, isso pode. Embora, claro, muitos sindicalizados não pertençam ao PT. Sandices.