Sim, há brasileiros que pensam como Bolsonaro, mas que, sem um nome, escolhiam centro-direita para barrar a esquerda. Agora, o nome existe...
Jair Bolsonaro (PSL) chamou para si os votos de um eleitorado que, antes, escolhia um candidato de centro ou de centro-direita. Ocorre que votava a contragosto. Queria alguém que falasse mais claro; com "coragem" — como exaltam seus adoradores — de defender que os brasileiros se armem. Isso no país que tem, por ano, mais de 45 mil homicídios por meio de armas de fogo. Queria alguém, como escreverei?, sincero, que tivesse a ousadia de defender a tortura. Queria alguém que não dourasse a pílula, com topete para defender esterilização de pobres para diminuir a violência. Bolsonaro pode fazer tudo isso e muito mais. No seu universo mental, o estupro tem de ser repensado à luz da estuprada. Faz-se necessário examinar antes se a mulher merece ou não esse tratamento; se é bonita ou feia; se é chata ou não. Pois é. Há brasileiros que pensam isso e que gostariam de ver esses, como chamarei?, "ideais" transformados em política pública. Acredito, no entanto, que os que pensam realmente assim são menos do que os 17% que Bolsonaro já alcançou.
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