Talvez você só leia aqui: Juiz condena a Folha a pagar indenização a Eduardo Jorge, secretário-geral do governo FHC

O juiz Fabrício Fontoura Bezerra condenou a empresa Folha da Manhã, que edita a Folha de S. Paulo, a pagar uma indenização de R$ 200 mil a Eduardo Jorge Caldas Pereira, ex-secretário-geral da Presidência no governo FHC, numa ação por danos morais. O jornal publicou um conjunto de reportagens, com base em informações depois não comprovadas, fornecidas pelo Ministério Púbico, que a Justiça considerou caluniosas. Elas diziam respeito a uma suposta rede de influências que teria sido criada pelo ex-secretário-geral para beneficiar empresas.

UM TRECHO DO DESPACHO DO JUIZ
"O despacho do juiz resume: "Busca o autor ver-se indenizado pela ré em razão das diversas reportagens publicadas no jornal FOLHA DE SÃO PAULO e na revista eletrônica (site) FOLHAONLINE, que teriam atingindo sua reputação, credibilidade profissional e vida pessoal, todas falsas, conforme ficou provado após as investigações realizadas durante 5 anos pelo Ministério Público Federal, pela Receita Federal, pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado Federal, e pela Corregedoria Geral da União, sem que tenha sido proposta nenhuma ação de conhecimento contra sua pessoa, e já transcorrido o prazo decadencial de cinco anos para propositura de ação de improbidade administrativa."

REVISTA REVELOU OS FATOS EM 2002
A sentença, com link abaixo, merece ser lida. Ali se desmonta, linha por linha, algo que nunca existiu: "O Caso EJ". Lembram-se da extinta revista Primeira Leitura? Pois é. Em setembro de 2002 (há quatro anos!), publicou-se uma reportagem dando conta dos vários absurdos que estavam em curso. Mas e daí? Estávamos a um mês da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. Se você clicar aqui, terá acesso àquela reportagem. Diziam, então, que só a publicávamos, claro, porque éramos tucanos…

A ORDEM QUE PARTIU DO PT EM 2001
No site Primeira Leitura, tambem em 2002, publicamos uma resolução do PT de 2001 que dizia o seguinte: "Temos três pedidos de CPIs coletando assinaturas: o caso Eduardo Jorge, o caso BNDES-Telebrás e o pedido para apurar todas as denúncias do caso Jader-ACM, incluindo o processo sucessório do Congresso". Nota: Jader é o atual aliado de Lula. Mas isso é o de menos.

LUIZ FRANCISCO NUNCA MOSTROU "AS PROVAS"
A agenda do Ministério Público, que passou a ser a agenda da imprensa, era, como se vê acima, a agenda do PT. Não será, em grande parte, ainda hoje? No dia 22 de abril de 2003, há mais, portanto, de três anos, noticiávamos que o procurador Luiz Francisco — aquele que sumiu depois que Lula chegou ao poder — não apresentava as provas que dizia ter e que serviram de munição à imprensa. Se quiser ler esse texto, clique aqui.

EXEMPLO DE CARÁTER E PERSISTÊNCIA
Eduardo Jorge é um exemplo de pertinácia e de caráter. Processa cada uma das pessoas e veículos que o acusaram e tem, vitória após vitória, comprovado a sua inocência. Ele não aceita que digam: "Somos todos iguais". Porque ele não é. Luiz Francisco, o procurador-símbolo da escalada do PT rumo ao poder, sumiu da mídia. E sem apresentar nem uma miserável prova das muitas que dizia ter. Está sendo processado também. O "Caso EJ", em suma, nunca foi nada além do que uma plantação do PT para chegar "lá". E chegou. Com a ajuda da imprensa, que, até agora, não se retratou. E isso não vai parar nos sites de monitoramento da mídia porque há inocentes que são mais incômodos do que alguns culpados. Finalmente, para ler a sentença do juiz que condena a Folha, clique aqui.