Tudo o mais constante, Rosa iniciaria a divergência e só Celso daria o voto definidor

A votação já começou. O peso sobre Rosa Weber é imenso porque, tudo o mais constante¸ segundo a lógica, ela  teria de dar início ao voto divergente em favor da concessão de habeas corpus preventivo a Lula. Por quê? O primeiro a votar será o relator, Edson Fachin. A ordem da votação é a seguinte: do ministro mais recente para o mais antigo, sendo que a presidente do tribunal vota por último. Em tese: os votos podem estar assim distribuídos, com esta sequência:
1: Edson Fachin (relator): contra;
2: Alexandre de Moraes: contra;
3: Roberto Barroso: contra;
4: Rosa Weber: a favor?;
5: Luiz Fux: contra

Notem que, se essas forem as escolhas, até este ponto da votação, ter-se-ia um 4 a 1 contra a concessão do habeas corpus. Todos os demais votos seriam favoráveis à concessão, exceção feita ao último, de Cármen Lúcia, Vamos lá:
6: Dias Toffoli: a favor;
7: Ricardo Lewandowski: a favor;
8: Gilmar Mendes: a favor;
9: Marco Aurélio: a favor;
10: Celso de Mello: a favor

Tudo o mais constante, Celso de Mello daria o sexto voto que garantiria a concessão do habeas corpus. Seria o sexto voto favorável. E a votação encerrar-se-ia com Cármen Lúcia, que certamente dirá "não" ao habeas corpus.

Mas já temos o primeiro intervalo. Está com aquele jeitão de que não termina hoje.