Veja os oito principais pontos do acordo; a conta bilionária será paga pelos contribuintes; consta que a maioria apoiava a greve. Então tá!

O governo e parte das ditas "lideranças" dos caminhoneiros chegaram a um acordo, que agora será submetido aos tais grevistas. O dito-cujo suspende a paralisação do setor por 15 dias. Depois disso, haverá uma nova reunião para que se avalie se os termos do que foi acertado estão ou não sendo cumpridos. Das nove entidades que compareceram para conversar — ninguém tinha ideia de que fossem tantos os "representantes" —, sete se comprometeram com os termos do entendimento, a saber:

1: o desconto de 10% no diesel que sai da refinaria será mantido por 30 dias, não apenas por 15. A Petrobras arcará com o custo da primeira metade do período — R$ 350 milhões. A outra metade sairá do Tesouro. Você e eu vamos pagar;

2: os reajustes do diesel serão aplicados e anunciados a cada 30 dias até o fim do ano. A Petrobras, no entanto, receberá a compensação. Sairá pela bagatela de R$ 4,9 bilhões. O esperto nas cotas do contribuinte, portanto, já esta em R$ 5,250 bilhões;

3: o governo vai zerar a alíquota da Cide (Contribuição de Intervenção de Domínio Econômico) sobre o diesel em 2018. Nesse caso, a perda de arrecadação seria da ordem R$ 2,5 bilhões;

4: será mantida a desoneração da folha de pagamento para as empresas de carga;

5: governo federal vai negociar com os estados isenção de pedágio para caminhões que estiverem vazios — o chamado eixo suspenso;

6: atualização trimestral da tabela de fretes regulada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres;

7: A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) poderá contratar, sem licitação, até 30% da demanda de frente junto a cooperativas e transportadores autônomos;

8: extinguir eventuais ações judiciais contra lideranças grevistas.