Agora são aliados que repetem a Bolsonaro a recomendação que já lhe fiz em todo canto: nomear um porta-voz desta fase de transição
Desde que Jair Bosonaro foi declarado o vitorioso, tenho defendendo neste blog, no rádio e na TV que o presidente eleito nomeie um porta-voz para evitar a algaravia de versões que o cerca. Bem, seus aliados estão lhe dizendo rigorosamente isso agora. Não é possível estabelecer contatos com o mundo político via redes sociais, Twitter em particular. As versões vão se multiplicando. E o procedimento acaba prejudicando o próprio Bolsonaro.
O caso da fusão, que acabou não acontecendo, entre os Ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura é um exemplo. Não precisava estar contabilizado como "recuo" se anúncios precipitados não tivessem sido feitos.
As declarações desastradas que repercutiram no agronegócio, diga-se, base de Bolsonaro — refiro-me em particular a críticas à China e ao anuncio da suposta transferência da embaixada brasileira em Israel de Telavive para Jerusalém —, também foram manifestações de açodamento e improviso.
Bolsonaro deveria ceder aos apelos de seus próprios aliados.
Que se escolha logo um porta-voz. Profissional e competente. Não um militante para hostilizar a imprensa.