CASO FLÁVIO BOLSONARO 3: Alguma dúvida de que, fossem outras as forças, e já haveria prisões e oferta de delação? Metafísica Moro!
Diga-se com todas as letras: tivesse a lambança toda envolvendo Fabrício Queiroz acontecido no gabinete de um petista, e o Ministério Público Federal já teria entrado em ação, e um inquérito já teria sido aberto pela Polícia Federal. Afinal, tratar-se-ia, parafraseando Louis, o policial corrupto do filme "Casablanca", de investigar "os corruptos de sempre". Por enquanto, o comportamento dos órgãos ligados ao Partido da Polícia, no caso Flávio Bolsonaro, segue a metafísica inaugurada pelo ministro Sérgio Moro (Justiça), quando abençoou Onyx Lorenzoni, seu colega de Ministério, ao afirmar que ele já havia pedido perdão por ter recebido dinheiro de caixa dois. Ocorre que delação premiada sustenta que Onyx recebeu outra parcela de dinheiro, pela qual não pediu escusas.
Nas redes, há certa linha de questionamento da mais explícita pornografia política: "O que querem? Derrubar também o governo Bolsonaro e fazer o Brasil afundar?" Rejeitei essa abordagem por ocasião do impeachment de Dilma e a rejeito agora. Quem vem com essa história está, na verdade, pedindo licença moral para se dedicar à sem-vergonhice. Continua aqui