Com 10,26 pontos à frente de Haddad, vitória de Bolsonaro é eloquente, não esmagadora; números impõem responsabilidade aos 2 lados
A vitória de Jair Bolsonaro (PSL), com 55,13% dos votos válidos, contra Fernando Haddad (PT), com 44,87%, é, por óbvio eloquente, mas não é esmagadora, como se prenunciava na semana seguinte à realização do primeiro turno. A diferença de 10,26 pontos percentuais foi bastante encurtada em relação aos até 20 pontos registrados por alguns levantamentos. Discurso extremista do agora presidente eleito, palestras em que um de seus filhos falava em fechar o STF e em resistir a decisões do tribunal e arreganhos autoritários da Justiça eleitoral e de forças policiais contra universidades certamente colaboraram para tirar votos do peesselista e para reforçar a posição do petista. Entre ambos, uma diferença de 10.756.849 eleitores. Bolsonaro obteve 57.797.423, contra 47.040.574 de Haddad. Os números que saem das urnas impõem responsabilidade tanto àqueles que vão governar como àqueles que vão divergir.
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