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Reinaldo Azevedo

Costa Neto, o ex-presidiário, vive seus dias de glória e se torna uma espécie de fiel da balança na escolha que foi feita pelo Centrão

Reinaldo Azevedo

20/07/2018 07h25

PP, SD e DEM estavam mais inclinados para Ciro Gomes (PDT). O PRB ameaçava até mesmo deixar o tal "Centro Democrático" se o escolhido não fosse Geraldo Alckimin (PSDB). Ao grupo, juntou-se, no entanto, o PR, comandado por Valdemar Costa Neto, que esticou o namoro da sua legenda com Jair Bolsonaro (PSL), mas sem casamento. Depois de aguardar alguma sinalização do PT, que não chegou a tempo, ele deixou clara a sua preferência pelo candidato tucano. Josué Alencar, considerado pelo grupo de partidos o vice ideal, é filiado justamente ao PR.

É a redenção de Costa Neto. Já renunciou duas vezes ao mandato de deputado federal: em 2005 e em 2013. Foi condenado pelo STF, em 2012, a sete anos e dez meses de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo do mensalão. Em novembro de 2014, o STF o colocou em prisão domiciliar. Recebeu indulto em 2015, e, em 2016, o ministro Roberto Barroso lhe concedeu o perdão da pena. Dois anos depois, nós o vemos de novo no palco, como um dos protagonistas na definição dos rumos do tal "Centro Democrático". Mais do que isso: sua legenda pode até emplacar o vice-presidente da República.
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Sobre o autor

Reinaldo Azevedo, que publicou aqui o primeiro post no dia 24 de junho de 2006, é colunista da Folha e âncora do programa “O É da Coisa”, na BandNews FM.

Sobre o blog

O "Blog do Reinaldo Azevedo" trata principalmente de política; envereda, quando necessário — e frequentemente é necessário —, pela economia e por temas que dizem respeito à cultura e aos costumes. É uma das páginas pessoais mais longevas do país: vai completar 13 anos no dia 24 de junho.