Edson Fachin decide pôr Rocha Loures em prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica
Comento mais tarde; na Folha:
O ministro Edson Fachin decidiu nesta sexta que o ex-deputado e ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) seja solto. Determinou também que ele use tornozeleira eletrônica.
Familiares de Loures, que foi preso após a delação da JBS, já haviam feito nesta sexta-feira (30) novo apelo para que o ministro Fachin decidisse sobre pedido de transferência da carceragem da PF, onde ele está atualmente.
Visivelmente nervosos, afirmaram que todos os personagens que foram encarcerados ou submetidos a algum tipo de punição após o acordo dos irmãos Batista estão em condições diferentes da de Rocha Loures.
Logo mais ainda comentarei, as condições da prisão do ex-deputado; também na Folha:
Rodrigo da Rocha Loures (PMDB-PR) passa por momento crítico e está muito mal, segundo relatos de quem esteve com ele na prisão. O deputado ficou as últimas duas semanas numa cela sem janela, com pouca ventilação, sem banheiro nem chuveiro, na carceragem da Polícia Federal em Brasília.
HISTÓRIA
Nas mesmas condições e preso no mesmo local, em dezembro de 2015, o ex-senador Delcídio do Amaral passou mal, chegou a ter uma crise de claustrofobia e decidiu delatar depois que deixou a cela.
ESPARADRAPO
O advogado de Loures, Cezar Bitencourt, no entanto, diz que o parlamentar "morre, mas não delata". Ele afirma que o cliente foi sempre muito bem tratado pela Polícia Federal, mas que a carceragem do órgão não está aparelhada para a permanência de um detento. "É um local de passagem de presos, que deveriam ficar lá no máximo dois dias", afirma.
SOS
Bitencourt conta que Loures não teve direito a banho de sol. No fim de semana, não pôde receber a visita de familiares e teve livros recolhidos. "Depois de lá teremos que levá-lo a um hospital", afirma.
O SEGREDO
Loures é considerado peça-chave do escândalo que envolve Michel Temer. É o deputado quem pode dizer se os R$ 500 mil que recebeu numa mala da JBS eram recursos só para ele ou destinados também ao presidente.